quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O Perigo das Progressivas


Diamante, mel, térmica, chá... São muitos os apelidos que os salões de beleza têm atribuído às escovas progressivas para vender o mesmo resultado: fios mais lisos sem precisar usar a dupla secador e chapinha diariamente.
Mas, com tantas opções disponíveis, como escolher? Escolher a escova somente pelo nome pode ser um mal negócio para os cabelos. O termo usado é muitas vezes apenas uma estratégia de marketing que confunde a cliente. Fala-se em escova de chocolate, de morango, mas nada disso alisa os fios. Esses alimentos podem apenas ajudar a hidratar os cabelos."
Para ter certeza de que o produto terá o efeito desejado, a escova inteligente precisa ter na sua composição alguma dessas três substâncias : formol, tioglicolato de amônia e hidróxidos (essas sim tem a capacidade de alisar). E é preciso mesmo tomar cuidado, pois até nomes de tratamentos que cuidam da saúde do fio e não alisam, tais como Selagem e Reconstrução Térmica são utilizados como uma “camuflagem” para os procedimentos de alisamento se tornarem simples e inofensivos.

Seja qual a substância escolhida, é preciso ficar atento às quantidades presente em cada fórmula. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os produtos podem ter apenas 0,2% de formol em suas composições e essas três substâncias com poder alisante nunca devem ser misturadas. "O formol pode causar problemas respiratórios, irritações na mucosa dos olhos e da boca, além de aumentar a incidência de câncer".
O desejo de ter um cabelo extremamente liso é o que leva muitas mulheres a se submeterem a tratamentos de risco, com alta quantidade de formol. O uso dessa substância numa concentração maior que a permitida é mais perigoso ainda para os profissionais. "O formol, quando aquecido com a chapinha para alisar os fios, é transformado em vapor e libera um gás tóxico que causa sérios problemas de saúde a longo prazo."

Outra questão importante é que nenhum método de alisamento, seja progressiva ou outro procedimentos as vezes batizados por nomes inofensivos, NUNCA deverão ser considerados como método de tratamento, hidratação ou manutenção da saúde dos fios. O formol nada mais é que um conservante que nos dá resultado de superfície do fio selada, dando a imprensão de hidratação e disciplina, já as outras substâncias alteram a composição interna do fio e a indicação deve ser feita de forma personalizada de acordo com a textura, saúde, cor e histórico do cliente. Os fios loiros, por exemplo requerem um tratamento muito direcionado e um grande diferencial nos retoques, pra que não se quebrem e fiquem perfeitos ao longo do tempo. Cuidado com as promessas de Progressivas nesses fios. Nem toda substância é apropriada para os loiros, e a escolha errada pode causar grandes catástrofes, sejam a curto ou longo prazo. A escolha inadequada pode ainda trazer grandes riscos à saúde dos fios das clientes. Além de causar danos superficiais e deixar os cabelos mais sensíveis, muitas vezes, uma substância errada e na quantidade errada pode causar : quebra dos fios, irritação do couro cabeludo, alteração da cor e muito mais.

Além de se informar sobre os princípios alisantes usados, eu aconselho a cliente sempre optar por um profissional e um produto cuja marca seja de confiança no mercado . A busca pelo casamento entre um cabeleireiro competente e um produto de qualidade deve ser o primeiro passo para um tratamento sem riscos.

Evitem produtos “novos” no mercado e profissionais aventureiros e sem experiência na área de química, principalmente descoloração e alisamento. Resultados “mirabulantes” e “milagrosos” podem ser desastrosos no futuro.

Lu Madureira